Meu Deus, me dê cinco anos; me dá a mão, me cura de ser grande!



terça-feira, 12 de junho de 2012

"Devido à exposição abusiva à televisão e ao cinema,
nos tornamos excessivamente exigentes com relação aos requisitos necessários
para encontrarmos a felicidade”.
Falsas exigências - Mario Quintana


A vida é bela...
 
“E é interessante.

 O tal do ser humano é interessante. 
Sempre procurando o amor definitivo e a tal da segurança.
Logo ele, capaz de morrer no próximo minuto, 

sujeito à primeira ventania,
e sem a menor chance diante do menor maremoto.
A segurança, colega, não existe. 

A gente inventou. 

E isso dói.”
 
Oswaldo Montenegro
 
 

Responsabilidades - Osho
Quando você tiver tido um pequeno vislumbre de que você é o criador de sua própria miséria, será muito difícil para você, continuar a criá-la então.
 É fácil viver na miséria quando você sabe que os outros a estão criando – o que fazer?
 Você não tem saída. 
Eis porque vivemos jogando as responsabilidades nos outros."

sábado, 21 de abril de 2012

Dentro de mim há pensamentos demais, o que torna tudo meio apertado,
mas tenho tentado dar uma arrumada nessas ideias para que cada uma fique na sua gaveta.
Há também sentimentos demais, mas de forma alguma vou expulsá-los,
deixo que circulem à vontade pelo meu corpo.
Dentro de mim as estações são bem definidas:
verão é verão, inverno é inverno.
Toca música aqui dentro quase o tempo todo,
e há uma satisfação secreta que precisa se manter secreta para não passar por boba.
Há crianças e adultos dentro de mim, todos da mesma idade.
Aqui dentro existe uma praia e uma montanha coladas uma na outra, parece até Rio de Janeiro, só que os tiroteios são raros.(...)
Dentro de mim estão muitas lágrimas que não foram choradas pra fora e muitos sorrisos que,
de tão íntimos, também guardei.
Dentro de mim, às vezes, são produzidas algumas cenas sofisticadas e roteiros de filme B.
Como não gostar de viver aqui dentro?
E você, tem sido um bom hospedeiro de si mesmo?




Voar ou ficar - Tati Bernardi


É mais corajoso quem não tem medo de voar pelo mundo ou quem aguenta ficar dentro de si?(...)"







Quando a dor de não estar vivendo
for maior que o medo da mudança, a pessoa muda.

Pare de procurar preencher as Expectativas dos outros,
e pare de Esperar que os outros preencham as suas.
Lembre-se: se você sofrer, você estará sofrendo por sua causa;
se os outros sofrem, eles sofrem por causa deles.
Ninguém sofre por causa dos outros – lembre-se disso profundamente.
Somente então você será capaz de ser realmente sincero para com seu ser interior.
Ninguém pode satisfazer suas Expectativas;
ninguém está aqui para satisfazer suas expectativas.
Todo mundo está aqui para satisfazer as próprias Expectativas;
ninguém está aqui para satisfazer ninguém.
Todo mundo está aqui para satisfazer a si mesmo,
mas você espera que os outros o satisfaçam e os outros esperam que você os satisfaça.
Então existe conflito, violência, luta e miséria.
Uma vez que você abandone as Expectativas, você aprendeu a viver.
Então tudo o que acontece o deixa satisfeito, seja o que for.
Você nunca fica frustrado, simplesmente porque em primeiro lugar
você não estava esperando nada. Assim, a frustração é impossível.
A frustração é uma sombra da expectativa.
Com o abandono da expectativa, a frustração cai por sua própria conta.
Exausto - Adélia Prado




Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


A arte de perder

“A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério. ”
Elisabeth Bishop
Tradução de Paulo Henriques Britto